Foto 1 - Judi Dench como Philomena
Nessas últimas dez premiações do Oscar, em pelo menos seis delas, havia um filme britânico* no pálio. Foram eles: A Rainha (2006)**, Desejo e Reparação (2007)***, Quem Quer Ser um Milionário (2008), Educação (2009), O Discurso do Rei (2010) e Os Miseráveis (2012). Neste ano, o feito se repete, dessa vez, com Philomena (2013). Ou seja, essa é uma tendência bastante comum, inclusive, alguns desses títulos ganharam a estatueta de melhor filme. E mais do que isso, normalmente, eles são interessantes, e fogem do padrão da indústria americana. Esse é o caso do longa protagonizado pela Judi Dench e motivo deste post.
Se uma palavra pudesse resumir a ótima performance de Dench seria sutileza. Ela é uma senhora (Philomena Lee) que teve uma educação traumática e que viu momentos importantes da sua vida serem subtraídos. No entanto, não se tornou áspera, nem nutriu ódio. Alguns poderiam classificá-la como simplória, mas eu diria que ela possui a vivacidade, leveza e tranquilidade – que fará a diferença durante o filme – própria de quem já viveu, suportou e guardou um segredo por cinquenta anos.
Diferentemente da tecnicidade dos tempos recentes mostrada em Avatar (2009) e enfatizada em Gravidade (2013), Philomena (2013) ressalta a importância dos ‘filmes artesanais’. Ou seja, películas que baseadas em uma boa história, direção, atuação e fotografia, rende momentos singulares ao espectador. Com um desenrolar interessante, ele não nos faz cair em um ‘melodrama sentimentalóide’, o que não significa ausência de emoção. Aliás, isso não falta. Minha sugestão: esteja aberto e sem amarras para ela.
*Não foram levados em consideração, para esta contagem, aqueles onde os britânicos não protagonizaram a produção. Como por ex. nos casos de: Gravidade (2013), 12 Anos de Escravidão (2013), Frost/Nixon (2008), 127 Horas (2010) e A Origem (2010).
**Com parceria, mas sendo os britânicos os principais.
***Com parceria, mas sendo os britânicos os principais.
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Philomena (Philomena), Reino Unido/EUA/França, 2013. Dirigido por Stephen Frears. Com: Judi Dench, Steve Coogan. 98 minutos. Gênero: Drama.
Nota: 8.0
2 comentários:
Não encantou o tanto que eu gostaria, pois vi atos fora do eixo que prejudicam a dramaticidade da obra. Vale por Judi Dench.
gosto da forma que comentas os filmes, tou lendo por aqui...gosto do cinema ingles, do pop ingles e do chá ingles rs...
ps. carinho respeito e abraço.
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