O David Lynch, para mim, é mestre em transformar situações graciosas, repentinamente, em medonhas. Como ultimamente tenho revisto/visto alguns dos filmes desse diretor, nada melhor do que ressuscitar as postagens que levam o título ‘Boas cenas, belas músicas’ com duas cenas dele. Há mais de um ano que não posto nada relativo a isso, e, veja a coincidência, a última vez que o fiz, foi justamente com um filme do Lynch – Cidade dos Sonhos – que nem lembrava ter sido a última desse tipo de postagem. Apenas uma observação: Apesar de muitas vezes, e eu digo, muitas mesmo, a construção do diretor parecer e ser sem ordem, o que dificulta o entendimento do que está acontecendo, não dá para tirar os olhos das suas películas, incrivelmente, o espectador não perde o seu interesse. Os seus filmes são hipnóticos! Até porque levantar questões, abrir lacunas e criar enigmas e suspense também faz parte da arte cinematográfica.
A primeira cena que me chama bastante atenção na filmografia do Lynch é a que se passa em ‘Veludo Azul’. Ela retrata, ironicamente, o modo de viver norte-americano. É a autocrítica de um cidadão que sempre que possível mostra para o mundo quão patética e superficial é aquela sociedade. O que literalmente o diretor quer indagar na cena a seguir é: O que se esconde por detrás de um lindo gramado verde? E ele não apenas sugere como dá de forma alegórica uma resposta. E o melhor de tudo, a cena mesmo sendo caótica, torna-se bela! A música é a Blue Velvet cantada pelo Bobby Vinton.
A primeira cena que me chama bastante atenção na filmografia do Lynch é a que se passa em ‘Veludo Azul’. Ela retrata, ironicamente, o modo de viver norte-americano. É a autocrítica de um cidadão que sempre que possível mostra para o mundo quão patética e superficial é aquela sociedade. O que literalmente o diretor quer indagar na cena a seguir é: O que se esconde por detrás de um lindo gramado verde? E ele não apenas sugere como dá de forma alegórica uma resposta. E o melhor de tudo, a cena mesmo sendo caótica, torna-se bela! A música é a Blue Velvet cantada pelo Bobby Vinton.
Já a outra cena ocorre em ‘Coração Selvagem’. Os dois principais personagens têm duas manias/interesses singulares, enquanto a Lula adora ‘O Mágico de Oz’, Sailor é fã de Elvis Presley – daí a cena a seguir. Eu só não vou dizer a razão pela qual ele canta essa música para a Lula. Apenas um parêntese, para não deixar passar em branco, o Lynch nesse mesmo filme continua com a sua vertente crítica, e em uma das cenas deixa claro o seu descontentamento com o tipo de notícias a que somos bombardeados diariamente pelos meios de comunicação. Mas voltando ao espírito da publicação, ainda cito, além da música tema da cena – Love me Tender - Be-Bop a Lula, Wicked Game e Baby Please Don't Go, que também ajudam a deixar o longa melhor.
Para ler uma pequena matéria que saiu na Revista da Cultura em setembro de 2008 sobre o diretor, clique aqui.
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