Em fevereiro de 2009, eu escrevi um texto com esse mesmo título, para vê-lo, clique aqui. Hoje, depois de 2 anos, volto a escrever um novo artigo, com o mesmo título e debatendo o mesmo assunto. A questão agora é saber se as posições das Universidades brasileiras mudaram, e se os países que figuravam nas primeiras colocações, como detendo os melhores centros de pesquisa, ainda são os mesmos.
Periodicamente são divulgadas as listas das melhores universidades do mundo**. Para escolhê-las são levados em consideração diversos critérios. Citando um dos mais importantes, temos a forma como a Instituição de Ensino gera e comunica à sociedade seu conhecimento científico. O intuito de listas desta natureza é mensurar a atividade e a visibilidade das Instituições, tentando criar um indicador capaz de mostrar o impacto e o prestígio das Universidades.
A lista da “Webometrics Ranking of World Universities” consistiu num estudo de mais de 20.000 Universidades ao redor do mundo. E em seu site estão disponíveis os dados com as 500 melhores. Em sua classificação, o MIT (Massachusetts Institute of Technology – www.mit.edu) que era a número 1 em 2009, continua na mesma posição. No caso brasileiro, tivemos uma boa notícia. Em 2009, tínhamos 9 representantes, em 2011 esse número pulou para 12, onde figuram duas Universidades nordestinas. E, além disso, as colocações das Universidades brasileiras mudaram em relação a 2009. Nos quadros abaixo, se vê as melhores Universidades do mundo em 2011, segundo a pesquisa, e as Universidades brasileiras melhor classificadas em 2011 e 2009.
Da lista do Webometrics Ranking of World Universities, eu ainda destaco quantas Universidades são consideradas as melhores por continente, veja a informação no quadro 3. E, posteriormente, no quadro 4, estão elencados os países ao redor do mundo que detem as melhores Universidades.
Enfim, depois de tantas tabelas, e tantos números, para quê serviu esta postagem? A primeira coisa que pensei após olhar os resultados dessas pesquisas foi indagar sobre a questão das desigualdades existentes entre os países que possuem o melhor nível de educação superior do mundo e os outros, inclusive, o Brasil. Não precisa ser muito esperto para verificar que os dez primeiros países de cada ranking quase sempre são os mais desenvolvidos, tanto economicamente, quanto em qualidade de vida. Apenas ressaltando que mais de 4/5 das melhores Universidades se encontram em apenas 15 países. Ainda interpretando os dados, vejo que as desigualdades não se dão apenas entre países, mas também ocorre no âmbito regional. Basta observar quais são as melhores universidades brasileira, entre elas eu não vi a federal do Acre, por exemplo. Apesar de que este quadro parece mudar com a inclusão da UFBA e a UFPE, porém esta mudança precisa ser impulsionada em direção ao interior do Brasil. Dessa maneira, ainda há uma hegemonia de Instituições do eixo Sul-Sudeste. Neste post, não vou explicitar uma opinião fechada, vou apenas indagar: Será que a qualidade da educação explica o desenvolvimento econômico-social dos países? A resposta parece óbvia, mesmo havendo quem não “queira” ver.
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* O sentido de educação empregado aqui, é de produção de pesquisa, conhecimento e novas tecnologias.
** Mais informações, inclusive sobre a metodologia empregada na pesquisa, basta consultar o hiperlink indicado. Todos os rankings estão disponíveis no site do realizador da pesquisa.
P.S.: Todas as tabelas foram feitas com dados coletados do 'Webometrics Ranking of World Universities'.
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