quinta-feira, 25 de março de 2010

Sei lá Mangueira

"Sei lá Mangueira" é o nome da canção que Paulinho da Viola junto com Hermínio Bello de Carvalho fizeram homenageando a Estação Primeira de Mangueira. Ela também foi responsável por deixar os componentes da Portela enciumados e mote para tempos depois, o mesmo Paulinho da Viola compor "Foi um rio que passou em minha vida", música que conta como ele se apaixonou e se tornou portelense. Essa música lançada no carnaval de 1970, antes da entrada da Portela na passarela do samba, foi um dos momentos mais emocionantes para ele. Por conta do precário sistema de som daquele tempo, em determinado momento, o som desapareceu, mas a música já tinha caido no gosto do povo. Então, como em ondas, cada vez mais, todos a cantavam na avenida, e isso se tornou um fato inesquecível para um dos grandes poetas da Portela. Abaixo, veja os vídeos das duas canções citadas nesse texto.


Se eu for falar da Portela...

Como diria o Monarco da Portela na música "Passado de Glória": "Se for falar da Portela, hoje não vou terminar". Por isso, vou me restringir a colocar um vídeo da belíssima canção "Quantas Lágrimas" de um dos maiores compositores portelenses, Manacéia. Abaixo, além de ver a Velha Guarda da Portela, também vemos o Paulinho da Viola, e o próprio Manacéia.

terça-feira, 16 de março de 2010

The Ten Commandments (1956)

Um filme clássico é reconhecido por vários motivos, dentre eles, sua grandiosidade, seu enredo, seus atores, sua direção, os momentos inesquecíveis. Certa vez, li um texto do Italo Calvino (1993), Por que ler os clássicos, e uma das razões que o autor dá é: "Os clássicos são aqueles livros dos quais, em geral, se ouve dizer: "Estou relendo... " e nunca "Estou lendo... "" (p. 9). Substitua livros por filmes, e o resultado será o mesmo. Lembro de ter visto Os dez mandamentos ainda criança, e sendo sincero, nem sabia quem era o Cecil B. DeMille, e muito menos, qual era a sua importância para o cinema. No entanto, a sensação de embasbacamento diante da dimensão daquelas tomadas, e daqueles efeitos e paisagens foi tão arrebatador ao ponto de ficar impressa na minha memória. Instigado pelas reflexões do Martin Scorsese, em documentário que comentei no post abaixo, decidi rever tal película, e me vi novamente inspirado pela leitura que tinha feito no início da minha graduação: "Toda releitura de um clássico é uma leitura de descoberta como a primeira" (Calvino, 1993, p. 11).

Desta vez, um pouco mais amadurecido, percebi uma série de contrastes, e o esmero das mãos geniais de um diretor de visão. Coisas como a maestria que é produzida a cena inicial, para não citar tantas outras, onde os judeus puxam aquela enorme esfinge, e nós somos conduzidos a ver e interpretar a cena da forma como o diretor quer. Ou ainda, observar a manifestação da diferença de poder, apenas por uma comparação visual de tomadas. Ou seja, de um lado, a fábrica de gerra do faraó, por outro, uma simples caravana de israelitas. Além disso, é notável o seu trabalho e sua atenção aos pormenores. As tomadas podem ser em grandes planos, mas as particularidades e individualidades conseguem se sobressair em cenas com grandes multidões. Da mesma forma que as composições dos cenários, e as posições dos personagens são estritatemente planejadas e com uma razão de ser. Um clássico se faz com esmero, estudo, pesquisa, dedicação, cobrança e perfeccionismo.

Quem dá vida aos personagens, são artistas de ponta. Citando apenas dois, Charlton Heston (Moisés), o mesmo de Ben-Hur (1959) e Anne Baxter (Nefertiti), a mesma de All About Eve (1950). O meu destaque é para a última, que em matéria de sensualidade e cinismo está bem em todas as cenas que faz desse gênero. Já o ponto positivo do Heston é que ele consegue envelhecer com o personagem, claro, ajudado pela pesada maquiagem. Além disso, participa de algumas das cenas mais memoráveis do Cinema, como a da abertura do Mar Vermelho, ou aquela em que conduz os dez mandamentos. Um clássico também se faz com atuações, personagens e momentos marcantes.

DeMille sabia que um verdadeiro espetáculo por si só, nunca faria um grande filme. Por isso, gastava muito tempo trabalhando na dramaturgia e na composição das cenas, do que na planificação de efeitos fotográficos. Seus filmes, produzidos em CinemaScope, que na época eram tidos como feitos para as massas alienadas que não estavam antenadas com a produção européia, escondia muitas facetas para ser considerado grande. Visto que para ele, Os dez mandamentos seria o maior filme produzido até então, com a maior quantidade de recursos (humano, monetário, tempo, tecnológico...) gastos. E sua promessa tornou-se realidade. Com cinco anos de produção, figurinos extravagantes, cenários perfeitos, atuações marcantes, direção milimetricamente pensada, entra para o hall dos grandes épicos do Cinema mundial.

Pode-se comparar DeMille com o James Cameron, em alguns aspectos. O primeiro, muitas vezes visto como megalomaniaco (como o segundo), por conta do tamanho das suas produções, e carrasco (como o segundo) pelo minunciosismo, esmero e seriedade que impunha a aqueles que com ele trabalhava. No entanto, sabia que nada disso era suficiente se não tivesse em seu alicerce um bom roteiro, defendido por bons atores. Ou seja, ele era adepto das inovações tecnológicas, não da técnica pela técnica. Podemos dizer o mesmo do segundo? Acredito que não. Avatar, por exemplo, também teve um tempo impar de incubação, cerca de dez anos, utilização de tecnologia de ponta, tinha tudo para se tornar um grande Filme (repare o f maiúsculo). Qual argumento é defendida pelo enredo? Quais os momentos dramáticos vividos por seus personagens? Qual a intensidade dessas atuações? Para mim, Cameron faltou as aulas onde se discutiu Cecil B. DeMille, ou o
D.W. Griffith. Não tenho dúvida que Cameron nunca será esquecido, tal como seu filme, o resultado que eles alcançaram foram indiscutivelmente satisfatórios diante da indústria cinematográfica, mas o seu caráter inovador é técnico, onde está a evolução na linguagem ou na forma de conduzir o capital humano?

É por isso que termino com as palavras do Calvino (1993, p. 15), "É clássico aquilo que persiste como rumor mesmo onde predomina a atualidade mais incompatível." Não à toa DeMille até hoje é cultuado, e seus filmes revistos, quase sessenta anos depois de produzidos. Seus códigos continuam a influenciar, seu estilo continua a ser reinventado, e sua linguagem permanece iluminando jovens diretores e apreciadores da sétima arte. É realmente um sonho passar quase quatro horas admirando cada instante de Os dez mandamentos, a cada cena percebemos os momentos de pura invenção e dedicação de seu diretor.

Referência Bibliográfica:
CALVINO, I. (1993). Por que ler os clássicos. (trad) Nilson Moulin, Companhia das Letras, SP.
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The Ten Commandments (Os Dez Mandamentos), Estados Unidos - 1956. Dirigido por Cecil B. DeMille. Com: Charlton Heston, Yul Brynner, Anne Baxter, Yvonne De Carlo, Vincent Price. 220 minutos. Gênero: Épico, Drama.

Nota: 10.0

sexta-feira, 12 de março de 2010

A Personal Journey with Martin Scorsese Through American Movies (1995)

Uma Viagem Pessoal com Martin Scorsese pelo Cinema Americano, poderia muito bem para mim, ser: Uma Aula sobre o Cinema Americano com Martin Scorsese. Em quase 4 (quatro) horas de duração, ele fala sobre os gêneros que de algum modo o influenciaram enquanto diretor. Seja o faroeste, os musicais, os filmes de gangster ou os noir. No documentário, ele também avalia a técnica e a mudança das ideias no cinema e do fazer cinema. Ou seja, a mudança do filme de 35 mm para o de 70 mm, a transição do cinema mudo para o falado, ou ainda, do preto e branco para o advento do technicolor. Além de discutir os grandes idealizadores clássicos, D.W. Griffith e Cecil B. DeMille.

Divide ainda os diretores em dois grupos, o dos "contrabandistas" e o dos "iconoclastas". No primeiro, cita King Vidor e Howard Hawks, onde ambos trabalhando dentro do esquema imposto pelos grandes estúdios, realizaram projetos altamente pessoais e de estilos incomparáveis. Já no segundo, cita Erick von Stroheim, que foi engolido pela indústria, e outros que tiveram mais sucesso, como Kubrick e Cassavetes. Estes últimos, romperam com o sistema de produção da época, e foram reconhecidos por isso.

Enfim, o documentário está dividido em três capítulos,
subdividos em várias outras partes. É algo indispensável para aqueles que querem entender o Cinema, e em especial, o americano clássico que influenciou os trabalhos de Scorsese. São verdadeiras aulas de cinematografia e dão luz a várias produções desse diretor. Então, incrementando, é fundamental para quem quer conhecer o cinema americano clássico, e é essencial para entender os filmes realizados por esse diretor norte-americano. É claro que essa breve resenha não contem todas as nuances tratadas no documentário, apenas introduzi algumas questões de maior relevo. Por isso, vale a pena dar uma olhada em todo o trabalho.
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A Personal Journey with Martin Scorsese Through American Movies (Uma Viagem Pessoal com Martin Scorsese pelo Cinema Americano), Estados Unidos e Reino Unido - 1995. Dirigido por Martin Scorsese e Michael Henry Wilson. Com: Francis Ford Coppola, Brian De Palma, Frank Capra, Clint Eastwood, George Lucas, Arthur Penn, Billy Wilder. 225 minutos. Gênero: Documentário.
Nota: 10.0

quarta-feira, 10 de março de 2010

A Lady Rouge Marion Cotillard

Veja abaixo o segundo vídeo da campanha das bolsas "Lady Dior" da marca Dior (é óbvio). A atuação é da Marion Cotillard, nele ela canta a música "The Eyes of Mars", especialmente composta pelo pessoal do Franz Ferdinand. No vídeo, a atriz atua como "Lady Rouge", e a francesa está com um look vermelho de impressionar qualquer marmanjo.


A seguir, é possível ver o primeiro vídeo, onde ela interpretou a "Lady Noir". Nesse, a inspiração surgiu de Hitchcock. Ela me fez lembrar as atrizes clássicas do cinema americano. Não à toa é tida como uma das grandes atrizes da atualidade.


Deverá haver ainda um terceiro vídeo, onde ela viverá a "Lady Blue".

segunda-feira, 8 de março de 2010

Comentando outros aspectos da noite no teatro Kodak

Foto 1 - O palco estava azul, mas a noite foi mesmo de Guerra ao Terror

Esse post tem a função de repercutir, não mais os vencedores da noite, mas alguns momentos que chamaram a atenção.

Nessa edição do Oscar, achei o seu formato legal. Houve o tão sonhado dinamismo com dois anfitriões que em alguns momentos não eram tão engraçados, mas sempre bem afiados. Acho que nunca vou esquecer o que disse o Steven Martin sobre Avatar no final da premiação, pegando na mão da Bigelow que estava com dois Oscars.

Foto 2 - Michelle Pfeiffer no Oscar 2010

Mas nem tudo foram flores. Não gostei daquela apresentação de dança de rua para mostrar os indicados a Melhor Trilha Sonora. No entanto, achei de bastante bom gosto o momento em que os indicados a atores e atrizes principais foram apresentados. Sobre isso, é preciso enfatizar a beleza ofuscante da Michelle Pfeiffer naquele vestido vermelho; o discurso da Oprah Winfrey elogiando a Sidibe, dizendo que há pouco tempo atrás, ela era uma jovem que trabalhava para pagar seus estudos, e que pouco tempo depois, na noite do Oscar, concorria numa das principais categorias ao lado da Meryl Streep; uma coisa que disse o Peter Sarsgaard com relação à Carey Mulligan, que o bom dela ser jovem, é que nós espectadores, teriamos uma longa carreira de sucesso para acompanhar... e eu concordo com ele; por fim, teve o Stanley Tucci para falar da Streep, a qual chamou de melhor atriz dos nossos tempos. E como falar isso já não é mais novidade, ele brincou dizendo que iria começar uma campanha para estabelecerem um teto de indicações. O máximo passaria a ser 16 (dezesseis), ou seja, o número de indicações que a atriz possui. Porque, ela é muito egoísta, em quase todos os Oscars ela está, e é uma papa prêmios.

Após esse momento de descontração, e emoção, veio o Seann Penn que apresentaria a vencedora do Oscar de Melhor Atriz. Só que antes do anuncio, ele fez uma crítica, dizendo que várias atrizes merecedoras de estar entre as cinco indicadas a melhor atriz, há um longo tempo não eram incluidas na seleção final. Além disso, disse que por essas e outras é que nunca se tornou membro oficial da Academia, provavelmente, ele passará um bom tempo de molho.

Foto 3 - Kathryn Bigelow recebendo seu segundo Oscar da noite das mãos do Tom Hanks

Também foi engraçado ver a desorientação da Bigelow que após receber o Oscar de Melhor Direção, ainda saindo do palco, foi surpreendida com o anuncio de que Guerra ao Terror também vencera em Melhor Filme.

Foto 4 - Homenagem da Academia ao John Hughes

Houve também uma justa homenagem ao John Hughes, que contou com a presença do Matthew Broderick e do Macaulay Culkin (o cara está muito bizarro).

Foto 5 - A Meryl Streep estava belíssima, mas não foi dessa vez que ela recebeu seu terceiro Oscar

Outra decepção da noite, mas esta pré anunciada, foi a vitória da Bullock em cima da Streep. Sobre a primeira, fez até um discurso bacana, sobre a última, continua a luta dela para conseguir o tão almejado terceiro Oscar. Vale dizer que ela estava linda com aquele vestido branco.

Só mais uma coisa, eu preferia, e ainda prefiro, o and the Oscar goes to...

Agora a vida volta ao normal depois de todas essas premiações que culminam com a entrega dos Oscars. Poucas foram as surpresas, como sempre, houve ganhadores merecidos, outros nem tanto. No entanto, acredito que o saldo foi positivo, e agora, já fico contando os dias para a próxima temporada de prêmios no cinema.

Comentando alguns dos vencedores do Academy Awards 2010

Foto 1 - Kathryn Bigelow com seus dois Oscars, um como melhor diretora, e outro pelo melhor filme do ano

Primeiro, vou falar da minha única surpresa, ela aconteceu na premiação de Preciosa: Uma História de Esperança na categoria de Melhor Roteiro Adaptado. Aqui, eu previa a vitória de Amor sem Escalas de olhos fechados, não só prevendo o que possivelmente ocorreria, mas por convicção pessoal.

Nas outras categorias principais, não tivemos nenhuma surpresa, pelo menos, não aconteceu nenhuma zebra.

Como Melhor Ator, Ator Coadjuvante e Atriz Coadjuvante, venceram os esperados que também eram as minhas apostas, e aqueles que achava justo que vencessem. Como Melhor Atriz, levou a Sandra Bullock, o que não foi surpresa para mim, já que ela foi a minha aposta, no entanto, não foi a minha escolha, qualquer outra teria mais consistência artistica para ganhar. Meu voto "ideológico", digamos assim, era para a Meryl Streep.

Na categoria de Melhor Roteiro Original, utopicamente, esperava que os acadêmicos reconhecessem, já que não como melhor filme, ou diretor, Bastardos Inglórios como possuindo o melhor enredo do ano, mas... O vitorioso foi Guerra ao Terror que, de fato, teria sido uma escolha mais sensata nas minhas previsões. Confesso que aqui houve uma precipitação na minha escolha.

Mas o melhor da noite ainda estava para acontecer. Como disse o Steven Martin no final da premiação, que o show tinha sido tão longo que Avatar parecia ocupar um lugar no passado. Ele chegou a essa conclusão, após as sucessivas vitórias de Guerra ao Terror, durante a noite, mas principalmente, nas categorias de Melhor Direção, e logo após, Melhor Filme. O filme do Cameron que aparentava ser o bicho papão da 82ª edição do Oscar, não passou de motivo para gozação, todos sempre tinham uma piada que envolvia os Na'vis outrora tão assustadores. A verdade é que depois do anuncio da Barbra Streisand, dizendo que finalmente tinha chegado o momento, já sabiamos da vitória da Kathryn Bigelow, e posteriormente, do seu filme, Guerra ao Terror (esse fato vale um outro post depois, sobre o que a Academia pode ter sinalizado com essa escolha).

Analisando os vencedores, e principalmente, o triunfo de Guerra ao Terror, o Oscar desse ano, foi bastante satisfatório para mim. Agora, alguém pode me dizer por que Avatar levou Melhor Fotografia?

O resultado dos melhores do ano no chá de poejo

O chá de poejo divulga os melhores de 2009 na opinião dos visitantes do blog. Na votação desse ano, os votantes tiveram a oportunidade de selecionar, em um primeiro momento, os cinco melhores da temporada, para que em seguida, escolhessem os melhores do ano em sete categorias. Lembrando que nem sempre os indicados coincidem com os indicados ao Oscar, já que aqui, quem manda é você. Inclusive, os resultados, em algumas categorias, não coincidem com o da cerimônia que aconteceu ontem no Teatro Kodak. Veja abaixo os resultados dos melhores do chá de poejo, e ao lado da estatueta do Oscar, o vencedor da categoria, segundo o Academy Awards:



Guerra ao Terror


Bastardos Inglórios




Sandra Bullock



Meryl Streep






Mo'Nique


Mo'Nique




Jeff Bridges


Jeff Bridges







Christoph Waltz


Christoph Waltz





Guerra ao Terror



Bastardos Inglórios





Kathryn Bigelow



James Cameron

Respirando aliviado...

Esse post é apenas para deixar expressa a minha satisfação com as escolhas dos eleitores do Academy Awards 2010. Principalmente, naquilo que se refere ao burburinho que havia entre Guerra ao Terror e Avatar, e a forma como foi concluida essa disputa.

Para ver os vencedores da noite, clique aqui.

Mais tarde, escrevo um post sobre as minhas impressões da premiação.

domingo, 7 de março de 2010

É hoje o dia!


Digam o que quiserem dizer, falem bem ou mal, o Oscar é "madeira de lei que cupim não rói". Está na sua 82ª edição, mas não perde seu glamour, justamente, por causa da sua tradição. Quantos artistas memoráveis já receberam um "carequinha" desses? É isso que o faz único, desejado e mágico. Nele, já ocorreram momentos célebres, e muitas decepções, mas é por isso mesmo que é tão aguardado. Além de claro, ser a premiação da maior indústria do entretenimento do mundo. Não sei se há alguém nesse planeta que nunca tenha ouvido falar dele, só sei que para mim, é uma noite imperdível.

Esse ano, o seu formato foi alterado, mudou-se o número de indicados à categoria principal (Melhor Filme). Há críticas a serem feitas? Sim, há. É uma boa inovação? Em alguns aspectos, sim. Terá o resultado esperado pela Academia? Só saberemos dentro de algumas horas. É isso mesmo, todo ano é a mesma coisa. Criam-se expectativas e torcidas, para tudo se acabar em algumas horas. O Oscar é efêmero por natureza. Glamour, tradição, efemeridade, esses são alguns elementos que alimentam a vontade que temos todos os anos de ficar vidrados na tela da tv, sonhando um dia, quem sabe, estar naquela cerimônia.

Haveria outras coisas a dizer sobre a premiação, mas vou deixar para outro momento. No mais, daqui há um pouco mais de 8 (oito) horas, começa a movimentação no tapete vermelho, para que às 22 hs, horário de Brasília, comece a entrega das estatuetas mais comentadas e aguardadas da sétima arte. O vídeo abaixo mostra, em 30 segundos, o que todos esperam da festa. And the Oscar goes to...

sábado, 6 de março de 2010

Os apresentadores do Academy Awards 2010


Na imagem, alguns dos rostos que veremos amanhã na 82ª edição do Oscar


Abaixo, é possível ver os nomes de todos que entregarão as estatuetas douradas aos vencedores do Academy Awards 2010.

Fonte: Clique aqui.

Os filmes indicados ao Oscar 2010 e um panorama do que pode acontecer na premiação

Acima, pode-se ver todos os indicados ao Oscar 2010 na categoria de melhor filme. Com exceção de Up - Altas Aventuras, todos estão seguidos por uma pontuação dada pelo blog. Abaixo, você pode acessar os links que o levará às críticas completas de cada filme. O único que não possui análise é Up, porque na época que vi o longa, ainda não tinha blog.

1. Bastardos Inglórios (Inglourious Basterds, 2009) - Nota: 10.0
2. Guerra ao Terror (The Hurt Locker, 2008) - Nota: 10.0
3. Amor sem Escalas (Up In The Air, 2009) - Nota: 9.5
4. Educação (An Education, 2009) - Nota: 9.5
5. Um Homem Sério (A Serious Man, 2009) - Nota: 9.3
6. Preciosa (
Precious: Based on the Novel Push by Sapphire, 2009) - Nota: 9.2
7. Avatar (Avatar, 2009) - Nota: 9.0
8. Distrito 9 (District 9, 2009) - Nota: 8.0
9. Um Sonho Possível (The Blind Side, 2009) - Nota: 6.5
10. Up - Altas Aventuras (Up, 2009) - Nota: ?

Como alguns acompanharam, após assistir Guerra ao Terror que junto a Bastardos Inglórios foi o único a receber nota 10.0, eu fiquei em dúvida sobre qual seria a melhor película do ano. No entanto, essa dúvida foi discutida no post (Dirimindo dúvidas) no qual indico meu preferido, e o porquê.

Além disso, elaborei um panorama daquilo que aconteceu nas premiações pré Oscar 2010 (Panorama pré Oscar 2010). Nele, indico os possíveis vencedores em oito categorias, com base nos resultados obtidos pelos filmes, diretores, atores e roteiristas nos prêmios concedidos pelas associações especializadas americanas, pelos críticos, pelos correspondentes em Hollywood, e a Academia Britânica.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Bons ventos de Hollywood...

Foto 1 - Meryl Streep no 55º Academy Awards, recebendo o prêmio por sua atuação em A Escolha de Sofia

Nos bolões e comentários que ando fazendo sobre as expectativas pré Oscar 2010, tenho dito que a Sandra Bullock será a próxima a levantar a estatueta mais cobiçada do Cinema. É claro, que isso não me anima nada, apenas cheguei a essa conclusão pelos resultados que a Bullock tem obtido nas premiações que antecedem ao Academy Awards. Minha vontade, é ver a Meryl Streep, depois de 28 anos, recebendo o há bastante tempo merecido terceiro Oscar. No entanto, no blog da Ana Maria Bahiana, li um post que me deixou bastante animado. O trecho ao qual me refiro, ponho logo abaixo, o grifo é meu:

E por que Sandra Bullock, por que agora? Já perdi a conta das conversas igualmente intrigadas, para não dizer pasmas, das quais participei, todas com esse tema. Objetivamente, Bullock é a melhor coisa de um filme medíocre que não faria feio na TV (mas não nos canais de ponta, como HBO..), está na batalha há anos e, como Bridges, é gente fina. Numa interessante matéria da Entertainment Weekly desta semana (que infelizmente não está online), 3 entre 4 acadêmicos entrevistados garantiram que votaram em Meryl Streep na categoria…. O que isso pode indicar? Que o furor em torno de Sandra Bullock esmoreceu depois do prêmio da SAG, com Meryl Streep disparando. Seria seu primeiro Oscar desde A Escolha de Sofia, em 1982. Interessante…


quarta-feira, 3 de março de 2010

Últimos dias para votar nos melhores de 2009


Não deixe de escolher os melhores de 2009 aqui no chá de poejo. Essa é a última semana de votação. Conheça, a seguir, as categorias e os indicados:

1. Melhor Filme
Amor sem Escalas / Avatar / Bastardos Inglórios / Guerra ao Terror / Preciosa


2. Melhor Atriz
Carey Mulligan por Educação / Gabourey Sidibe por Preciosa / Helen Mirren por The Last Station / Meryl Streep por Julie & Julia / Sandra Bullock por Um Sonho Possível


3. Melhor Atriz Coadjuvante
Anna Kendrick por Amor Sem Escala / Diane Kruger por Bastardos Inglórios / Julianne Moore por Direito de Amar / Mo'Nique por Preciosa / Penélope Cruz por Nine / Vera Farmiga por Amor Sem Escalas


4. Melhor Ator
Colin Firth por Direito de Amar / George Clooney por Amor sem Escalas / Jeff Bridges por Coração Louco / Jeremy Renner por Guerra ao Terror / Morgan Freeman por Invictus


5. Melhor Ator Coadjuvante
Christoph Waltz por Bastardos Inglórios / Christopher Plummer por The Last Station / Matt Damon por Invictus / Richard Kind por Um Homem Sério / Stanley Tucci por Um Olhar no Paraíso / Woody Harrelson por The Messenger


6. Melhor Roteiro Original
(500) Dias com Ela / Amor sem Escalas / Bastardos Inglórios / Guerra ao Terror / Um Homem Sério


7. Melhor Diretor (a)
James Cameron por Avatar / James Reitman por Amor sem Escalas / Kathryn Bigelow por Guerra ao Terror / Lee Daniels por Preciosa / Quentin Tarantino por Bastardos Inglórios


O resultado final dessa enquete sairá no dia 07 de março, data do Academy Awards - Oscar 2010. Para iniciar a sua participação, vá para a opção VOTE AQUI !!! do ícone que se encontra na parte superior do canto direito do blog (Vote nos melhores de 2009).

segunda-feira, 1 de março de 2010

Você se lembra?

O ano era 2001, e um dos homenageados da noite a receber um Oscar honorário era o Sidney Poitier. O Oscar honorário é uma homenagem aos grandes nomes que dedicaram sua vida ao cinema, mas também é usado como uma forma da Academia corrigir as injustiças frequentes em suas edições. Poitier que tinha sido indicado duas vezes na categoria de melhor ator, foi o primeiro negro a receber um prêmio Oscar em 1964 por Uma Voz Nas Sombras. Além disso, também foi o primeiro negro a receber um Oscar honorário.

No vídeo que pode ser visto AQUI, é possível vê-lo aceitando a honraria. Nele, também vemos nos olhos dos outros atores e atrizes o reconhecimento e respeito por aquela lenda viva da sétima arte. Além disso, em seu discurso de agradecimento, após citar vários personagens que o ajudaram durante a carreira, cita as dificuldades que passou no início dela, e a sua crença de que o momento que vivia era impossível de ser imaginado no passado. Por essas razões, esse é um dos momentos memoráveis nesses 82 anos de premiação.