sábado, 17 de outubro de 2009

Saramago mais ativo do que nunca

Saramago, em nova entrevista, atacou o poder da igreja e as novas forças políticas que ganham força na Europa. Não é novidade de sua crença no ateísmo, e de suas preocupações com o significado da democracia com a qual convivemos. Sobre sua entrevista, destaco alguns pontos. Ele chamou as opiniões da igreja católica de neomedievalismo universal e foi além,

"As insolências reacionárias da Igreja Católica precisam ser combatidas com a insolência da inteligência viva, do bom senso, da palavra responsável. Não podemos permitir que a verdade seja ofendida todos os dias por supostos representantes de Deus na Terra, os quais, na verdade, só tem interesse no poder", afirmou.

Todas as vezes que leio sobre suas críticas a respeito da religião ocidental penso no livro, O Evangelho Segundo Jesus Cristo (1991), onde fala o seguinte:

“O filho de José e Maria nasceu como todos os filhos dos homens, sujo do sangue de sua mãe, viscoso das suas mucosidades e sofrendo em silêncio. Chorou porque o fizeram chorar, e chorará por esse mesmo e único motivo.”

Quer desconstrução mais poética, bela e sensata da sacralidade em torno de Jesus? Só no mais recente livro do português que se chama Caim. Nele, os personagens são as figuras bíblicas de Caim que matou o irmão Abel, Deus e a Humanidade nas suas diferentes expressões.

Com relação a Política, alerta para o resurgimento de ações, no caso, neonazista pelo mundo, em especial, na Europa. Segundo ele,

"temos que nos preparar para enfrentar o ódio e a sede de vingança que os fascistas estão alimentando".

Fontes: 1 e 2.

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